Os terceiros molares, conhecidos como dentes do siso (ou dentes do juízo), são populares por sua alta indicação para a remoção. Eles podem ser removidos numa cirurgia bem simples ou, em outros casos, em cirurgias mais complexas que envolvem remoção de gengiva e do osso que recobre o dente. Em alguns casos, envolve até mesmo a separação do dente em partes para facilitar sua remoção. Devido a esses casos mais complexos, estes molares ficaram ainda mais famosos, mas um bom planejamento cirúrgico feito com o auxilio de radiografia e um bom exame clínico pode evitar complicações desnecessárias na cirurgia.
A decisão por tirar ou não esses dentes não é muito simples e envolve conhecimentos de anatomia, patologia, cirurgia, crescimento e desenvolvimento da face e até mesmo de cefalometria (ciência que estuda as medidas do crânio), pois o padrão de face do paciente reflete a competência dos músculos da mastigação e a resultante dessas forças em cada padrão pode ser determinante na sobrevida desses dentes.
Podemos classificar esses padrões faciais em: mesofacial, dolicofacial e braquifacial que representam as faces de crescimento normal, predominantemente longas e predominantemente mais largas, respectivamente.
Aos pacientes com padrões dolicofaciais são recomendados a remoção dos sisos pois nesse padrão a erupção de mais um dente depois de já ter estabelecida a dentadura permanente pode trazer desconfortos à ATM, a articulação da mandíbula com o crânio. Neste caso, a pouca força muscular não é suficiente para uma readaptação dessas estruturas. Aos pacientes braquifaciais, na maioria das vezes, é recomendada a manutenção dos sisos quando existe espaço suficiente pois uma grande força muscular desses pacientes exige um número sempre maior de dentes para distribuição mais equilibrada de forças.
Como já foi dito, a falta de espaço para a erupção dos dentes também é um fator importante nessa decisão, pois muitas vezes esses dentes se encontram deitados e até mesmo causando riscos aos dentes vizinhos, com possibilidades de provocar um desalinhamento durante a fase de crescimento de suas raízes, sem a mínima possibilidade de erupção.
Mas, de todas as indicações, a mais importante delas talvez seja o alto índice de lesões tumorais e cistos que podem aparecer após longos períodos de retenção daqueles dentes. Pesquisas feitas na Índia que buscavam comprovar resultados já conhecidos em outros países encontraram valores até mais altos na porcentagem de dentes retidos que desenvolveram cistos ou que já tinham alterações histológicas que caminhavam para o desenvolvimento de cistos ou tumores.
Para aqueles pacientes que se preocupam com o ato cirúrgico, vale lembrar que hoje contamos com recursos que trazem conforto e relaxamento tanto antes como durante e após a cirurgia, como o uso de anestésicos potentes associados ou não a sedativos, e o uso da hipnose tanto no ato cirúrgico como no tratamento de traumas e fobias do procedimento em questão. Para maiores informações, escreva para dentofacial@uol.com.br . ou ligue 36314664/ 993339297 para maiores informações.